Já faz mais de um ano que aguardamos pela estreia da quinta temporada de Girls. Confesso que demorei para começar a assistir a série, tendo começado quando três temporadas já haviam ido ao ar, mas quando comecei foi amor a primeira vista. E, quatro temporadas depois, esse amor só cresce. A trama parece cada vez mais ter um quê da saudosa Sex and The City, também produzida pela HBO há quase duas décadas.
Essa sensação se deve, provavelmente, pelo amadurecimento quase ‘forçado’ das personagens, que fica bem claro em Wedding Day. Casar significa, de certa forma, crescer. Adentrar a vida adulta. Este casamento parece, antes de tudo, um falso impulso para a vida adulta e, assim, dialoga com quase toda mulher desta idade: precisamos crescer, mas as vezes não sabemos exatamente como, então acabamos trocando os pés pelas mãos, como pressinto que seja o caso deste enlace.
Apesar de ser uma série que aborda temas profundos como o aborto, Girls consegue continuar fazendo aquilo que se propõe: rir. Ainda que não seja aquela série que vai te fazer rir alto, é difícil não dar pelo menos um sorriso quando vemos, por exemplo, Hannah usando o vestido de dama de honra de um jeito todo torto ou Marnie com aquela maquiagem ridícula prestes a “subir ao altar”.
Girls sempre foi e continua sendo o retrato bem humorado da vida de grande parte das jovens adultas. Talvez um dos maiores méritos da série seja justamente este. Assim como em Sex and The City, as quatro amigas são muito diferentes entre si. É muito difícil você não se identificar com pelo menos uma delas. E, neste episódio, felizmente tivemos o reencontro das quatro. Gosto muito quando as quatro aparece